terça-feira, 20 de setembro de 2011

DIÁSPORA

Eu escondi um pouco da vida num saco de plástico
Na plástica da vida
Num sarcófago Embaixo do colchão.
O pouco de vida que ainda resta Eu guardo nas estantes
Em degraus penetrantes Movido de hipérboles nas palavras.
Do pouco que ainda penso ser
De pouco importa se nada resta
Revelo entres as cortinas da casa.
Coloco cara a cara a emoção E o vadio ausente em mim pelas janelas
Por onde olho as ruas nas manhãs.
Retoco o Retrogrado sinais das maquiagens.
Insano,Antropófago,Rosto desvalido.
Que há ainda de mim,Eu largo a solta ao cio
E num rito infeliz,Retorno no frio E calo
Frente A fogueira,Que cheira a fumaça
E na quentura Que ameaça Amortecer
O que não se pode esconder
Jamais.
Dário Azevedo.

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