Ontem quando olhei alguns rostos,
Ávido, cálido viu vestígios e as marcas de um tempo que passou.
Floriu deles significados,
Retratos, lembranças e pertinências
Algo mais que no tempo vivido não as percebi
A alegria na amizade fortalecida nos trai detalhes que passam despercebidos sobre tudo que vivemos
Mais nada de traição com sabor de fel,
Olhos, ouvidos, mãos, bocas cintilam por nós a amizade
E não nos deixam refratários das marcas amargas
Porque o que o coração sente,
Dar sentido e abriga os momentos que já não são mais que lembranças.
Porque é tão divino e justo envelhecer
Senão seriamos incompletos
Seria tão profano não morrer
Tão sem vida não envelhecer e exagero não sentir dor.
Na alegria comumente sorrimos, pedimos perdão, queremos abraços...
Na tristeza, sofremos nos maldizemos, nos maltratamos, negamos afagos
Na morte e no envelhecer somente silêncio ao repaginar memórias
E poucos vêem que a morte e o envelhecer
Parecem ser as partes mais sublimes da vida
Que ainda nos falta viver.
Dário Azevedo.
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