O segundo turno das PRÉVIAS do PT, tem fortes marcações discursivas; Dentro de uma perspectivas assina o Deputado Federal Cláudio Putty com o lema :porque quero.Noutra lógica da disputa o Vereador Alfredo Costa acentua: participação popular e controle social. de modo algum pode-se dizer que os dois bordões políticos são excludentes. Porém é preciso dizer que ambos colocam no foco das discussões a questão: do poder e da autoridade para o ato de governar Belém. Para alguns estudiosos Autoridade diz respeito a um ordem normativa que regula o comportamento social devido a aceitação da autoridade daqueles que se submetem aos valores do sistema da ordem. O poder por outro lado, diz respeito a sujeitar os sujeitos individuais à vontade de uma outra pessoa através da coerção física ou psicológica. Logo o poder é repressivo e contrário aos interesses que são sujeitados. Numa disputa deste nível a exemplo das PRÉVIAS, poder e autoridade não se apresentam como mal necessários quando a normativa disciplinar da politica no PT, se move pelo debate, pela reflexão, pelas decisões que advém de outros poderes circulantes no interior do partido, quase sempre, através da ante sala de reflexão/decisão das tendência interna que certamente são legais e legitimas . Neste caso, um bordão do tipo: porque quero, sinaliza um imperativo da e na condição da autoridade num futuro breve a frente do palácio Antonio Lemos, de que não haverá nenhum temor ao estilo maquiavélico (sem tom pejorativo) entre ser amado ou odiado. Tal insinuação pode vir a esclarecer para a militância petista no centro do léxico gramatical: EU não temo medo de cara feia, EU estou decidido, EU vou governar com a autoridade que o cargo me exige. Eu quero, eu posso, eu faço. Para isto, sem claros sentidos e significados pode-de derrapar ou não entre uma logica de poder instrumental, fria, calculista, porém personificada com a marca ; eu quero. Seja como for a vontade de poder expresso pela afirmativa, não deixa duvida sua força imperativa sombreando possibilidades e limitações de emancipação e autonomia, pouco afeito aos regimes de singularização que marcam o perfil da militância petista culturalmente acostumada a "desobediência" certamente contrários a silenciamentos impostos .Isto é ou não ruim na politica , deixo o convite à reflexão da militância, porém no contexto da decisão e da forma de imprimir o modelo da arte de bem governar traria na prática fortes implicações. porém não se pode dar ou antever garantia, sobre um futuro ainda incerto
Em outro sentido, a marca do Vereador Alfredo Costa, a priore, parece mais conciliadora. flexível, e pondo-se num nível de tolerância para os NÓS da escuta e da afirmação de um governo de todos e para todos .No modelo democrático e republicano, isto parece mais palatável, porém não ha garantia que a gestão coletivizada por protagonismo que advém da participação popular e do controle social não traga ou se assente sem dores e solidão do poder personificada na figura de seu gestor. O principio da participação coletivo pode ser um belo principio na arte de bem governar , porém na ação diária, no exercício da liturgia do cargo, o governante antes o ódio ou o amor de seus pares precisa estar legitimamente respeitado.
Quando afirmo que os dois clichês não são excludentes, é apenas para aferir que o uso do poder e da autoridade não pode ser monolítico nos dias de hoje, a cultura da do respeito a diferença identitária do sujeitos revela multireferencialidades e multiplicidades de interesses, sentimentos e desejo de verdades sobre à cidade que se quer ver construída, por isso é díficil aferir unidade na adversidade na complexa arte de governar.
Neste momento meu interesse com estas reflexões é colocar um pouco de "pilha" nos acalorados debates dos valorosos companheiros petistas acerca dos perfis de nossos candidatos na PRÉVIA sem precisar usar dispositivos de falsas polaridades, até porque trata-se de dois valiosos companheiros . Porém não vou deixar de reiterar nesta oportunidade que voto em ALFREDO COSTA.
Então vamos efetivar o exercício da reflexão, pois nele se insere também nossa vontade de verdade de saber/poder.
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