segunda-feira, 25 de abril de 2011

CRÔNICA DA SEMANA


Hoje já não é mais semana santa, os dias santos muitos deles pediram amém. Outros virão para que professemos em seus silêncios nossas culpas e um gosto amargo por crucificarmos  tantos cristãos com nossas  cegueira.
 Tudo agora volta a dar passagem entre o sagrado e profano nas relações mundanas, pois os santos verdadeiros com suas marcas de lealdade foram descansar pro ano que vem. já que  não há mais tempo para tanto  perdão e muito menos horas de agonia , penitência  e dor diante do calvário de cada um diante do  caos que sangra a terra  e os filhos da terra  deixando-os  desnudo frente a multidão.
Então que centelha há de atiçar novas crueldades diante dos olhos vazios e dos corpos franzinos que descem ladeira abaixo, carregando sobre as costas a cruz brejeira das injustiças vagantes onde alguém excessivamente altruísta irá acolher a dor que não é sua?
Na atmosfera dos dias que passam há fragilidades, desespero, barbárie cravada em meios a poucas esperanças. Talvez Judas com suas sátiras, tiradas com seu beijo à face, fosse bem mais sagaz, com os seus inimigos, e com os fracos irônico demais para que acordassem diante desta entrega absurda frente aos desafios, daqueles que o subjugam como pobres coitados.
E Deus por sua suprema justiça acena maior simpatia com as audácias de Judas, diante do Império, antes ter que imaginar seus discípulos por frouxura tremendo-se incontrolavelmente em frente a qualquer sentença impostas pelos tribunais da vida
Portanto ao chegarmos ao fim da Páscoa, muitos hão de retornar para o mesmo destino traçado na ausência de propósitos humanitários e solidários, e então, o retorno de si, parece ceder às conveniências na busca de sobrevivências, ao torna-se voz de comando que não se sabe de onde vem e para onde vai.
Diante de velhos flagrantes das cenas do cotidiano que sentimos dó. Assaltos, tragédia, desastres e abandonos e estado de solidão em qualquer hora do dia, ergue-se a estética da feiúra nas vias urbanas das cidades.
Então o que se fazer depois que a Páscoa passou em que o Cristo de Nazaré foi duramente punido e humilhado e ainda assim ressuscitou diante de Maria que o acolheu e o mundo inteiro se curvou para esta certeza: Jesus ressuscitou ao terceiro dia subiu aos céus e está sentado a direita de Deus do pai?
Talvez um poeta, ou um filósofo “maldito” neste instante estivesse rindo com seus supremo niilismo atiçando á melhor sátira e pondo dedo em riste na cara dos profanos que no alto de sua insanidade, antes o luto do Cristo partido, há de antepor ao ritual de passagem da vida para a morte anunciando-s a ressurreição como símbolo, sentidos e significados da Páscoa que já passou para alguns morbidamente.
Diante da lei do mercado que maximizaram os faturamentos nesta semana que  passou, impondo ao Cristo ressuscitado um novo tempo de extração de mais valia aos que se deixam seduzir pela democracia do consumo à 24 hora do dia. Depois de Jesus sair do calvário Maria, mãe e mulher dá passagem aos novos anúncios publicitários as vésperas do dia das mães.  

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