quinta-feira, 28 de abril de 2011

Reflexões acerca da condição social dos idosos


É inadmissível que no Brasil, ainda não tenhamos politicas públicas tão claras acerca da inclusão dos idosos sendo implantadas por governos em vários níveis : Federal, Estadual e Municipal, em que pese termos avançados do ponto de vista da legislação com a aprovação do estatuto dos idosos. Por outro lado torna-se extremamente questionável e revoltante saber o quanto os idosos por muitos lugares deste imenso país são vitimas de repugnante violação de direito, como as que temos assistido através dos telejornais mostrando flagrantes casos de desrespeito à estes cidadãos de direito.  Uma vez que o direito liquido e certo dos idosos precisa se efetivado através de mecanismo mais eficazes e eficientes para que os casos de maus tratos, possam ser rigorosamentre denunciados e os infratores possam ser punidos.
Por ser extremamamente vergonhoso, convivermos com atos abusivos  de violação  de direitos que proporcionam indignação e ao mesmo tempo  alavanca um estado de barbárie social declarada.
 Como sabemos  existem registros oficiais que denunciam  a cultura da agressividade contra os idosos, se ampliando não  somente nos espaços publicos da sociedade. Os lugares mais íntimos  e teoricamente mais acolhedores dos idosos, com o ambiente familiar, os ambientes religiosos, os asilos são por demais espaços constanstes  de atentado ao pudor  e práticas no  mínimo nocivas  socialmente.
Pensar que ao envelhecer, os idosos  pudessem ter uma vida decente, digna, usufruindo dos direitos sobretudo por tudo de bem que foram  capazes de contribuir efetivamente com os avanços  das melhorias sociais, o que  se vê é um quadro nada animador  deixando de ser um sonho possivel de se realizar para tornar-se  um pesadelo para muitos  na dança da vida.
 Muitos de nós já presenciamos violências simbólicas, físicas , psicológicas  acontecendo à luz do dia, no entardecer, e  no silêncio da noite, acontecendo com idosos infelizmente  em seu espaço familiar, muitas das vezes por seus próprios parentes, as agressões vão  desde o  asilamento em cárce privados até distribuições de  pontapés, socos , atos de  uma brutalidade imperdoáveis e inaceitáveis .
Por isto é preciso denunciar, também as agressões do Estado por sua ausência, pela  falta de politicas voltadas  de fato e de direito para os idosos. Quem nunca assistiu uma cena do cotidiano onde idosos são freguentemente atirados dos  ônibus porque  os condutores de veiculos não entendem o que é ter mobilidade reduzida, e por absoluta ignorância não compreendem as fases do envelhecimento. Quem  nunca assistiu cenas de idosos dormindo em calçadões dos centros e periferias urbanas, quem nunca foi abordado com um idosos pedindo uma ajuda para comprar o pão de cada dia, os remédios de que necessitam. Os insensíveis irão dizer, que  não tem sentido o Estado  ter que arcar com todas as responsabilidades sociais, que os mais sucedidos devam ser paternalista com estes pobres coitados dando esmola; e os  mais radicais acerca de sua percepção sobre o situação dos idosos em condições de vulnerabilidade social apostam que politicas assistencialistas não geram cidadania, ao contrário, ampliam ainda mais o fosso da miséria e da pobreza. Entre tantas teses, é preciso de dizer, que a fome e a miséria tem pressa diante de tantos conceitos e preconceitos  e que a única certeza , será que uma dia muitos irão  envelhecer. Logo na dança da vida, torna-se necessário entender que diante de tanta dor e sofrimento ou agimos com sabedoria, inteligência  e rapidez ou  as vãs utopias não darão conta  de responder  e torna-se -ão reféns  da bruta e dura realidade produzida socialmente.
Não podemos admitir outros formas que antecipam ou tornam-se mortes anunciadas  dos idosos, nos hospitais por falta de profissionais especializados ou por falta de equipamentos  médicos  e espaços hospitalares para socorrer os idosos.
Em que pese os movimentos da terceira idade terem crescidos em todo mundo e em particular no Brasil promover várias atividades sócio assistenciais, recreativas e de lazer visando a qualidade de vida dos idosos, torna-se necessário também dizer, que muitos idosos estão na invisibilidade de seus direitos sociais, excluidos dos espaços de convivências sociais sendo maltratados  e jogados a sua própria sorte. É preciso reconhecer que o estado de envelhecimento não significa o fim da rota,  e que os idosos não podem ser tratados com peças esquecidas nos museus  e nos asilos da vida.         

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