É inadmissível que no Brasil, ainda não tenhamos politicas públicas tão claras acerca da inclusão dos idosos sendo implantadas por governos em vários níveis : Federal, Estadual e Municipal, em que pese termos avançados do ponto de vista da legislação com a aprovação do estatuto dos idosos. Por outro lado torna-se extremamente questionável e revoltante saber o quanto os idosos por muitos lugares deste imenso país são vitimas de repugnante violação de direito, como as que temos assistido através dos telejornais mostrando flagrantes casos de desrespeito à estes cidadãos de direito. Uma vez que o direito liquido e certo dos idosos precisa se efetivado através de mecanismo mais eficazes e eficientes para que os casos de maus tratos, possam ser rigorosamentre denunciados e os infratores possam ser punidos.
Por ser extremamamente vergonhoso, convivermos com atos abusivos de violação de direitos que proporcionam indignação e ao mesmo tempo alavanca um estado de barbárie social declarada.
Como sabemos existem registros oficiais que denunciam a cultura da agressividade contra os idosos, se ampliando não somente nos espaços publicos da sociedade. Os lugares mais íntimos e teoricamente mais acolhedores dos idosos, com o ambiente familiar, os ambientes religiosos, os asilos são por demais espaços constanstes de atentado ao pudor e práticas no mínimo nocivas socialmente.
Pensar que ao envelhecer, os idosos pudessem ter uma vida decente, digna, usufruindo dos direitos sobretudo por tudo de bem que foram capazes de contribuir efetivamente com os avanços das melhorias sociais, o que se vê é um quadro nada animador deixando de ser um sonho possivel de se realizar para tornar-se um pesadelo para muitos na dança da vida.
Muitos de nós já presenciamos violências simbólicas, físicas , psicológicas acontecendo à luz do dia, no entardecer, e no silêncio da noite, acontecendo com idosos infelizmente em seu espaço familiar, muitas das vezes por seus próprios parentes, as agressões vão desde o asilamento em cárce privados até distribuições de pontapés, socos , atos de uma brutalidade imperdoáveis e inaceitáveis .
Por isto é preciso denunciar, também as agressões do Estado por sua ausência, pela falta de politicas voltadas de fato e de direito para os idosos. Quem nunca assistiu uma cena do cotidiano onde idosos são freguentemente atirados dos ônibus porque os condutores de veiculos não entendem o que é ter mobilidade reduzida, e por absoluta ignorância não compreendem as fases do envelhecimento. Quem nunca assistiu cenas de idosos dormindo em calçadões dos centros e periferias urbanas, quem nunca foi abordado com um idosos pedindo uma ajuda para comprar o pão de cada dia, os remédios de que necessitam. Os insensíveis irão dizer, que não tem sentido o Estado ter que arcar com todas as responsabilidades sociais, que os mais sucedidos devam ser paternalista com estes pobres coitados dando esmola; e os mais radicais acerca de sua percepção sobre o situação dos idosos em condições de vulnerabilidade social apostam que politicas assistencialistas não geram cidadania, ao contrário, ampliam ainda mais o fosso da miséria e da pobreza. Entre tantas teses, é preciso de dizer, que a fome e a miséria tem pressa diante de tantos conceitos e preconceitos e que a única certeza , será que uma dia muitos irão envelhecer. Logo na dança da vida, torna-se necessário entender que diante de tanta dor e sofrimento ou agimos com sabedoria, inteligência e rapidez ou as vãs utopias não darão conta de responder e torna-se -ão reféns da bruta e dura realidade produzida socialmente.
Não podemos admitir outros formas que antecipam ou tornam-se mortes anunciadas dos idosos, nos hospitais por falta de profissionais especializados ou por falta de equipamentos médicos e espaços hospitalares para socorrer os idosos.
Em que pese os movimentos da terceira idade terem crescidos em todo mundo e em particular no Brasil promover várias atividades sócio assistenciais, recreativas e de lazer visando a qualidade de vida dos idosos, torna-se necessário também dizer, que muitos idosos estão na invisibilidade de seus direitos sociais, excluidos dos espaços de convivências sociais sendo maltratados e jogados a sua própria sorte. É preciso reconhecer que o estado de envelhecimento não significa o fim da rota, e que os idosos não podem ser tratados com peças esquecidas nos museus e nos asilos da vida.
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