sábado, 14 de maio de 2011

A solidão e o abandono dos idosos: até quando ?



A solidão dos idosos, a compreensão de si por parte dos amigos, filhos, e por várias instituições da sociedade, tem sido tema de pouca visibilidade, porém de um prejuízo muito grande para  as pessoas que já atingiram esta etapa de sua vidas após os sessenta anos de idade. A  falta de compreensão, a percepção distorcida sobre suas realidades., a falta de escuta, a desvalorização e os estereótipos  negativos  sobre a função social  dos idosos tem sido em muitos momentos de uma infelicidade ou fruto de atitudes declaramente  preconceituosas. As consequências disto, tem sido, o isolamento social, o descaso, o abandono, a intolerância, a falta de afeto que vem causando aos idosos sentimentos de tristeza, e solidão, ansiedade diante de suas perspectivas de morte geradores de   desconforto emocional,  quando não se  tem  a solidariedade de alguém  com quem contar nesta fase da vida. Portanto, é    uma dura constatação: a sociedade ainda não está preparação para conviver  e garantir os direitos dos idosos.
Todos os dias tem sido frequentes encontramos pessoas na maioridade pedimos esmolas nos sinais de trânsito, nos bares,e em vários lugares e esquinas dos centros e periferias  das cidades. Talvez a maioria das pessoas não atentem para o fato de que estas pessoas, pertencem a uma família,já foram jovens que de alguma maneira contribuíram para o estado social de melhoria  de vida em que nos encontramos,.
Apesar dos paradoxos de todos os dias, torna-se necessário reconhecer que as rugas, os cabelos brancos  são sinais de tempos vividos, e sem sombra de dúvidas, momentos marcantes onde muitas coisas foram feitas, cuja marcas fazem parte da construção resignificada daquilo que ainda são hoje.
Como não lamentar os dados estatísticos, que demonstram que apenas uma parcela  pequena de idosos atingiram um padrão de vida com qualidade nesta etapa da vida. No geral, para uma sociedade que vem envelhecendo numa velocidade assustadora, o Brasil precisa colocar na ordem de suas prioridades politicas públicas que efetivem  de fato os  direitos dos idosos, a saúde, a moradia , a alimentação e todos seus direitos essenciais voltados para sua sustentabilidade. Não basta a promoção de medidas impactantes que apenas amenizem, sensacionalizem, ou paternalizem tais relações. Somente chamar atenção das famílias para os cuidados com os idosos através de campanhas publicitárias não é o suficiente. Talvez nosso país acentue seu estado de civilidade social quando não tivermos que conviver com  o estado  de barbárie social promovida por quem não respeita os direitos da pessoa. As politicas de assistência social em nosso pais no papel avançaram significativamente, porém a um quadro bastante estarrecedor, quando in locus,  nos deparamos com os asilos sem infra estrutura  e ainda muitas das vezes   sendo dirigidos por profissionais  sem preparo, ou pior, pouco humanizados para lidar com os idosos. Embora não se deva generalizar, pois existem profissionais comprometidos, competentes. Porém,estes paradoxos  existe e não se pode negar. 


 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário